Pequenos Erros e Grandes Problemas

Esta semana um erro gráfico na impressão da proposta da Approach, empresa de comunicação reconhecida mundialmente e com mais de 20 anos de experiência, para a concorrência do Ministério da Economia tirou a agência da fase técnica da disputa. Apesar de ter alcançado a maior pontuação, ou seja, seria a vencedora, a Approach foi desclassificada por apresentar seu texto impresso em papel 90g/m², e não no de 75g/m², como exigido pelo edital.

No inicio do ano, outra gráfica, admitiu falhas no processo de impressão das provas do ENEM 2019 ocasionando erro nas apurações das notas.

Mas não são somente erros na impressão gráfica que geram problemas deste tipo. Algumas campanhas publicitárias ou de marketing ruins, traduções sem a contextualização da cultura local, imagens ou fotos mal selecionados, slogans de duplo sentido e até mesmo erros na escolha do nome de algum produto já causaram polemicas, protestos, prejuízos financeiros, constrangimentos e até mesmo falências.

Como exemplo temos a polêmica campanha da DOVE de 2017 onde uma modelo de etnia afrodescendente se tornava uma europeia caucasiana após o uso do seu produto, causando indignação e inúmeros boicotes pelo mundo.

Vamos enumerar alguns “desastres” de forma resumida:

1 – Em um anúncio publicitário, a rede de lojas de departamentos americana JCPenney colocou a imagem de uma chaleira com a legenda: “Os sinos e assobios que você merece“. E a imagem escolhida tinha uma notável semelhança com Hitler. A empresa teve de retirar todos os anúncios.

2 – A Danone, na década de 90, estava entrando no mercado Russo e levou a marca de alimentos infantis Blédina. Mas não foi bem aceita, já que Blédina soa como prostituta no pejorativo. O slogan: “Blédina é tudo o que seu filho precisa”, não contribuiu para as vendas.

3 – Para promover o início das vendas na rede de lojas de roupas de moda britânica Harvey Nichols, nos anos 2000, foi criado o seguinte Slogan: “Tente conter sua excitação!”, o problemas foram as polemicas imagens veiculadas nas campanhas em diversas mídias. As fãs da marca ficaram surpresas e em resposta à indignação geral, a Harvey Nichols, comunicou que se tratava simplesmente de uma “visualização direta de uma frase conhecida por todos”.

4 – Várias empresas da área de bebidas e alimentação fazem promessas em suas campanhas, como a BK com seus polêmicos hambúrgueres vitalícios na Copa do Mundo da Rússia que seriam dados gratuitamente as russas que “obtivessem os melhores genes do futebol e garantissem o sucesso da equipe nas próximas gerações.”

Mas a pior dessas promessas de Marketing foi da empresa Pepper Snapple, em 2008, que prometeu uma lata do refrigerante Dr Pepper para cada um dos americanos se o grupo Guns N ’Roses lançasse seu álbum Chinese Democracy até o final daquele ano. Resultado: O álbum foi lançado e a empresa acabou entrando em colapso pela demanda do produto, quase faliu e ainda teve que se retratar publicamente sendo conhecida, até hoje, maior fraude, em uma campanha, de todos os tempos nos EUA.

5 – Este ocorreu aqui no Brasil em 2017, acredito que alguém deva lembrar da campanha do Ministério dos Transportes “Gente boa também mata” onde eram veiculadas em diversas mídias frases do tipo: “Quem planta árvores pela cidade, também pode matar”, “Quem faz trabalhos voluntários, também pode matar”, “Quem resgata animais na rua, também pode matar” e “O melhor aluno da sala, também pode matar” A ação teve inúmeras queixas e e o governo decidiu tirar a campanha, rapidamente, de veiculação (desculpa o trocadilho). O CONAR abriu processo para investigar o caso.